Maria sempre foi uma mulher correta. Criada com valores de honestidade e trabalho duro, ela acreditava que agir com ética era o caminho certo. No entanto, ao longo de sua vida, percebeu que o mercado nem sempre valorizava esses princípios. A regra parecia ser clara: quem fosse mais esperto, quem conseguisse lucrar mais, sairia vencedor. Mas a que custo?
Foi assim que Maria se deparou com empresas que, na busca incessante pelo lucro, ofereciam serviços e produtos que não eram realmente o melhor para seus clientes. Muitas vezes, vendiam soluções ineficazes ou cobravam mais caro por algo que poderia ser resolvido de maneira mais simples e acessível. Ela se perguntava: E se fosse com um amigo? Com um irmão? Com minha própria família? Você os enganaria para ter mais lucro? Isso está de acordo com os teus valores?
Incomodada com essa realidade, Maria iniciou uma busca por uma maneira diferente de fazer negócios. Foi então que descobriu as cooperativas. Diferente das outras empresas, as cooperativas não existem para maximizar lucros a qualquer custo, mas para atender às necessidades de seus cooperados e desenvolver a comunidade onde estão inseridas.
A história de Maria se parece muito com a minha. Assim como eu, ela encontrou no cooperativismo uma forma mais justa e ética de viver e trabalhar. Ao entrar para uma cooperativa, Maria encontrou um modelo de trabalho que fazia sentido para ela. Ali, os valores eram claros: autoajuda, autorresponsabilidade, democracia, igualdade, equidade e solidariedade e nos valores éticos de honestidade, abertura, responsabilidade social e cuidado com os outros. As decisões eram tomadas de forma democrática, e o objetivo não era explorar, mas sim desenvolver juntos.
Através da cooperativa, Maria percebeu que o verdadeiro sucesso não está em tirar vantagem dos outros, mas em construir algo que beneficie a todos. Ela viu a transformação em sua própria vida e na comunidade ao seu redor. Com o tempo, a cooperativa se tornou mais do que um negócio: virou uma família, um grupo de pessoas unidas por um propósito comum. Hoje, Maria é uma liderança nesse novo mercado, um mercado onde o desenvolvimento é coletivo, onde a ética não é um obstáculo, mas a base de tudo. E como Maria, todo cooperado que se envolve com a cooperativa, à luz da identidade cooperativista, ajuda a construir um mundo melhor.
Ela se pergunta: “Em quem você confiaria mais? Naquele que existe para te desenvolver ou naquele que cresce às custas do teu fracasso?” Para Maria, a resposta está clara. E para você?
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Deivid Ilecki Forgiarini é especialista em Identidade Cooperativista e Gestão, com a missão de descomplicar conceitos e conectar pessoas. Com uma abordagem leve e prática, acredita que boas ideias só fazem sentido quando promovem desenvolvimento sustentável, enxergando no cooperativismo uma importante ferramenta para transformar vidas e fortalecer comunidades. Atualmente, é professor na Universidade Federal do Acre e coordena o mestrado profissional em Administração Pública, após uma longa trajetória como coordenador da graduação na Escoop – SESCOOP/RS.
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