De geração em geração: a força da agricultura familiar

Agricultura

A agricultura familiar cultiva alimentos, valores e memórias que atravessam gerações. Mais do que uma tradição passada de pais para filhos, o cultivo da terra é um dos pilares mais importantes da economia do Rio Grande do Sul.

Mas não é apenas a união familiar que movimenta o setor. As cooperativas desempenham um papel importante para que produtores rurais consigam alcançar objetivos em comum e se beneficiem mutuamente desse tipo de parceria.

Um dos propósitos da Vinícola Aurora é cultivar laços fortes entre os cooperados, colaboradores e clientes, ao elaborar bebidas excepcionais que contam histórias de tradição, inovação e sustentabilidade.

Confira a seguir o importante papel que a agricultura familiar e as cooperativas desempenham não apenas na Aurora, mas em toda a economia do Rio Grande do Sul.

Cooperativismo em números

A cooperação no Rio Grande do Sul se tornou um símbolo da recuperação após as tragédias vividas em 2024. Segundo dados divulgados pelo Sistema Ocergs, o faturamento das cooperativas no último ano teve um crescimento de 8,4%, chegando a R$ 93,2 bilhões.

O patrimônio líquido também teve incremento de 21,87%, alcançando R$ 39,2 bilhões. Houve ainda aumento de 7,13% no número de cooperados/associados, que somaram 4,2 milhões.

A maioria dos segmentos apresentou evolução expressiva. O agro, mesmo com todos os impactos, avançou 2,49% no faturamento (R$ 49,9 bi) e teve um crescimento de 30,78% nas sobras, que registraram R$ 1,2 bilhão.

O estado conta atualmente com 372 cooperativas e 4,2 milhões de cooperados, gerando oportunidade para 78,5 mil empregados. Considerando apenas o ramo agropecuário, são 93 cooperativas com mais de 265 mil cooperados.

A história da Aurora

A Aurora começou a sua trajetória em 1931, em Bento Gonçalves (RS). Com o solo e clima propícios para o cultivo de vinhedos, a cooperativa foi fundada por 16 famílias que tiravam da terra seu principal sustento.

Na década de 1940, a produção se tornou mais farta, com caminhões carregados com uvas abastecendo a vinícola. Logo em seguida, a Aurora começou a ganhar o mundo por meio da exportação.

Hoje, a Aurora conta com cerca de 1,1 mil famílias cooperadas, que produzem uvas em pequenas propriedades (cerca de 2,7 hectares por cooperado, com média de quatro pessoas por família).

São 3 mil hectares de área cultivada em 11 municípios da Serra Gaúcha: Bento Gonçalves, Veranópolis, São Valentim do Sul, Guaporé, Cotiporã, Monte Belo do Sul, Santa Tereza, Pinto Bandeira, Vila Flores, Farroupilha e Garibaldi.

Na safra de 2024, a cooperativa recebeu 50,3 milhões de quilos de uva. Para 2025, a previsão é colher em torno de 75 milhões. Historicamente, a Aurora processa de 10% a 15% da safra de uvas do Rio Grande do Sul.

Apoio aos cooperados na agricultura

Segundo o gerente agrícola Maurício Bonafé, a Aurora conta com agrônomos profissionais para o suporte aos cooperados em questões técnicas da viticultura, desde o planejamento total do vinhedo até a colheita.

“Dentro desse processo, se dá todo o suporte técnico a eles para a questão de fertilidade do solo, plantio de mudas, manejo do vinhedo e poda. Indicamos a adubação de acordo com a necessidade de cada vinhedo e de cada situação encontrada junto ao produtor. A nossa equipe técnica está totalmente disponível para que o produtor consiga produzir da melhor maneira possível”, afirmou.

A qualidade da agricultura familiar

Os cooperados da Aurora cultivam 56 variedades de uvas, e a colheita é feita de forma manual e mecanizada. Entre as principais estão: Merlot, Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Pinot Noir (Vitis viníferas) e Isabel, BRS Magna, Seibel e Bordô (americanas e híbridas).

De acordo com Bonafé, as uvas americanas e híbridas representam a maior porcentagem de produção da cooperativa. Ele ainda explicou como a Aurora mantém um padrão de qualidade entre todos os produtores.

“Temos agrônomos da equipe técnica da cooperativa que estão disponíveis para visitar os associados. Eles são consultores, e não vendedores, e têm uma meta de visitas por ano, divididas por ciclos fenológicos. Isso faz com que todos consigam produzir a uva da maneira que é necessária para a Aurora”, explicou.

Esse controle fez com que não só a qualidade da Aurora fosse reconhecida, mas também a da agricultura familiar de forma geral. Uma prova disso é o fato de a cooperativa ser a mais premiada do país, com 948 medalhas conquistadas em concursos brasileiros e internacionais chancelados pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).

Apenas em 2025, a vinícola já conquistou 22 medalhas. Entre os destaques estão o Grande Ouro para o espumante Aurora Pinto Bandeira Extra Brut Rosé e o Ouro para os vinhos Aurora Pinto Bandeira Chardonnay e Aurora Reserva Cabernet Sauvignon, e para o espumante Aurora Procedências Pinot Noir Brut – Blanc de Noir, todos no concurso espanhol Bacchus.

Vale destacar que o espumante Aurora Moscatel é o rótulo mais premiado da história da marca, com 122 distinções em concursos nacionais e internacionais.

A trajetória da Vinícola Aurora é um reflexo da força coletiva da agricultura familiar e do cooperativismo no Rio Grande do Sul. Mais do que produzir vinhos e espumantes premiados, a cooperativa preserva valores que unem tradição, inovação e cuidado com a terra.

Ao valorizar o trabalho das famílias agricultoras e investir em tecnologia e conhecimento, a Aurora mostra que é possível crescer com responsabilidade, mantendo vivas as raízes que sustentam a história e o futuro do campo gaúcho.

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