Primeiro continente a ser atingido pela então pandemia do coronavírus, a Ásia começa a dar sinais de retomada do dia a dia e também nos negócios. Prova disso é a exportação de 114,3 mil garrafas da Vinícola Aurora para China, Hong Kong e Japão, de janeiro a maio deste ano, um aumento de 71,7% em relação ao mesmo período de 2019. Grande parte deste volume foi exportado em abril e maio, com a abertura gradual dos mercados asiáticos. Em valor, o resultado dos primeiros cinco meses é ainda mais expressivo, com um incremento de 133,7% nos embarques de vinhos, sucos e espumantes. Entre os destinos, destaque para a China, com 77,8 mil garrafas.
A gerente de Exportação e Importação da Vinícola Aurora, Rosana Pasini, credita o bom resultado ao trabalho continuo que vem sendo realizado junto a novos importadores dos países asiáticos.
“Ampliamos a parceria com os atuais importadores e abrimos novos mercados com mais sete novos clientes em 2019 e outros três neste ano. É um trabalho de expansão que foi intensificado nos últimos dois anos e agora, com a retomada dos negócios com a Ásia, estamos embarcando esses produtos, em especial vinhos tranquilos e sucos de uva”, explica.
A executiva dá ênfase ao aumento de quase 30% no valor médio por litro vendido, destacando a ampliação da venda de suco de uva, tanto na versão da bebida gaseificada, lançada no ano passado, como o integral.
“Também é importante observar que a Aurora está adotando todos os cuidados possíveis, em todas as etapas de elaboração, envase até o embarque. Esses cuidados são fundamentais nesta reabertura de negócios para o Exterior”, reforça.
Apesar das incertezas do mercado para o segundo semestre, Rosana projeta um resultado de crescimento em relação ao ano passado, em razão de novos contratos com importadores de novos destinos e ampliação das vendas para uma grande rede de varejo da Europa.
“Fechamos negócios com um importador na Bolívia e com uma das maiores redes de supermercados da Europa, com embarques que começarão ainda no primeiro semestre de 2020”, antecipa. As projeções de crescimento para o ano ocorrem mesmo com adiamento de algumas das principais feiras do setor no mundo, como a ProWein, na Alemanha, remarcada para março de 2021, e outros eventos de vinho que deveriam ocorrer no primeiro semestre. Rosana explica que o adiamento das feiras pode causar uma diminuição no consumo dos produtos e na dificuldade de ampliar contatos com compradores internacionais.
“Estas feiras são uma excelente oportunidade para encontrar todos os clientes da empresa, além da abertura de novos mercados. Neste ano, estamos tratando de manter os clientes através de conferências online e trabalhando com nossos brand embassadors (embaixadores da marca) nos países de destino”, informa Rosana.