O vinho é resultado de uma tradição milenar, que une história, cultura e ciência. Da uva ao copo, cada etapa carrega uma combinação de fatores que determinam a qualidade do produto final.
Na Vinícola Aurora, maior cooperativa de vinhos do Brasil, esse processo começa ainda no campo, mas ganha forma e identidade depois da colheita, quando o trabalho da equipe de enólogos assume um papel central.
Segundo Christian Bernardi, enólogo e P&D da Vinícola Aurora, “não podemos falar de apenas um processo para o vinho, mas sim de diversos processos, porque cada tipo de vinho tem sua forma de elaboração”.
A seguir, vamos entender as principais etapas dessa jornada da uva até se transformar em vinho Aurora.
Da seleção da uva à destinação correta
A qualidade final do vinho já começa a ser construída no vinhedo. As equipes de agrônomos e enólogos trabalham lado a lado para orientar as famílias cooperadas sobre sanidade, maturação e potencial de cada variedade.
“Não existe uma uva melhor do que a outra, mas cada variedade é mais adequada para um determinado tipo de vinho. Uma uva indicada para espumantes, por exemplo, não será a mesma para um grande tinto”, explica Christian.
É essa seleção cuidadosa que define para onde cada lote de uva será destinado dentro da vinícola, garantindo harmonia entre matéria-prima e projeto de cada rótulo da Aurora.
O início do processamento: desengace e esmagamento
Após o recebimento, as uvas passam pelas primeiras etapas técnicas:
Desengace e esmagamento: são as primeiras etapas do processamento da uva. No desengace, os grãos da uva são separados do engaço (o “cabinho” que sustenta o cacho). Em seguida, ocorre o esmagamento, quando o grão é levemente pressionado para que a película se rompa e o mosto (suco da uva) seja liberado. A partir daí, a uva já desengaçada e levemente esmagada seguirá para o processo específico de produção, de acordo com o tipo de vinho que se deseja elaborar.
Vinhos brancos, rosados e tintos
Cada estilo de vinho tem um tratamento próprio. Veja!
Vinhos brancos e rosados: após o esmagamento, as uvas vão diretamente para a prensa. O líquido extraído (mosto) segue sozinho para fermentação, enquanto cascas e sementes (bagaço) são descartados.
Vinhos tintos: aqui, mosto, cascas e sementes permanecem juntos em tanques. Essa etapa, chamada de maceração, pode durar de 5 a 10 dias, permitindo a extração de cor, taninos e complexidade que marcam os tintos.
“É nas cascas que encontramos grande parte da cor e da estrutura dos vinhos tintos. Já nos brancos e rosados, o frescor e leveza vêm justamente da ausência dessa maceração”, ressalta Christian.

A fermentação: o coração da transformação
Se há um momento decisivo na vinificação, este é a fermentação. Trata-se da transformação natural dos açúcares da uva em álcool e gás carbônico pela ação das leveduras.
“Sem fermentação, não teríamos vinho, apenas suco de uva. É aqui que, além do álcool, ocorrem mudanças no aroma e no paladar que dão identidade à bebida”, detalha o enólogo.
A Aurora conduz essa etapa com rigor técnico, controlando fatores como temperatura, leveduras escolhidas e tipo de recipiente (aço inox ou carvalho). Monitoramentos constantes garantem que o processo siga o caminho desejado e preserve a qualidade.
O tempo e o envelhecimento
Após a fermentação, alguns vinhos seguem para envelhecimento. Essa etapa é mais significativa nos tintos, onde álcool, acidez e taninos ajudam a determinar a capacidade de evolução em barricas de carvalho ou na garrafa.
“O equilíbrio desses elementos é o que permite ao enólogo decidir até onde um vinho pode e deve evoluir”, comenta Christian.
Nos espumantes, a Aurora utiliza processos específicos: o Charmat, quando a segunda fermentação ocorre em grandes tanques de inox, e o Tradicional (ou Champenoise), onde a fermentação acontece dentro da própria garrafa, resultando em maior complexidade.
Embora o vinho seja produzido há milênios, o grande diferencial da elaboração moderna é o conhecimento técnico.
Para Christian, “antigamente, o homem acreditava que era obra dos deuses transformar suco em vinho. Hoje sabemos o que acontece em cada etapa, e conseguimos controlar o processo para que tudo resulte em qualidade e segurança”.

O vinho Aurora é fruto de ciência, tradição e cooperação
Mais do que transformar uvas em vinho, o processo da Aurora envolve o cuidado de centenas de famílias cooperadas, somado à expertise técnica de enólogos que acompanham cada detalhe.
Desde a escolha da variedade mais adequada até a decisão sobre envelhecimento, todo o caminho é feito para revelar vinhos que expressem qualidade, identidade e confiança.
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