Publicado em: 17/09/2025
Se o vinho, o espumante e o suco de uva brasileiros estão presentes atualmente nos principais mercados do mundo, a Cooperativa Vinícola Aurora tem enorme mérito como uma verdadeira marca internacional por meio de seu portfólio com produtos exclusivos e de primeira qualidade.
Atualmente, a marca está disponível em mais de 20 países, incluindo destinos como Argentina, Canadá, EUA, França, Reino Unido, Japão, China, Rússia, Gana, Singapura, entre outros.
Esse trabalho de conquistar admiradores da marca Aurora pelo mundo, iniciado de forma tímida há mais de 50 anos, está no seu auge e apresenta dados relevantes e históricos.
Em 2024, a Aurora exportou 1,2 milhão de litros de vinhos, espumantes e sucos de uva, sendo o faturamento obtido pela Aurora com exportação o equivalente a 1,8% dos ganhos da marca no total. O suco de uva integral manteve-se como o produto mais comercializado no exterior, respondendo por 63% do volume exportado.
Um reconhecimento desse projeto de internacionalização pode ser visto pelo recebimento do “Prêmio Exportação RS” pelo décimo ano consecutivo. Durante a 53ª edição da premiação, realizada no último mês de agosto pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS), a empresa recebeu o troféu “Destaque Setorial Agro”, que premia organizações de atuação exemplar no mercado internacional.
Para entender como foi todo esse caminho de divulgação do nome Aurora com a conquista de renome como marca internacional e quais são as projeções e o planejamento para os próximos anos, conversamos com a Supervisora de Exportação e Importação da Cooperativa Vinícola Aurora, Giorgia Mezacasa Forest.
A divulgação dos produtos da Aurora em outros países começou de maneira discreta, especialmente de olho em brasileiros que moravam no exterior e sentiam saudade do vinho e suco “made in Brazil”.
A primeira leva de exportações aconteceu na década de 1970, que também tinham como foco pequenos distribuidores, em um volume de vendas modesto. “Ainda nessa década as vendas aumentaram, com a comercialização do Conde de Foucauld para os EUA, e do Sangue de Boi para o Japão”, explica Giorgia.
A linha do tempo de internacionalização da marca (e em paralelo dos vinhos nacionais) segue assim:
Nos últimos anos, a participação em feiras e eventos ao redor, com a busca de parcerias, teve como resultado o aumento de vendas e a expansão da divulgação para outros mercados, transformando o nome Aurora em sinônimo de qualidade para além do país de origem.
“Existe uma diferença entre vender e ser comprado. Éramos comprados. Não havia até 2010 uma ideia concreta do que significava exportar vinhos brasileiros. O lado bom é que a Aurora nunca disse não, então sempre se mostrou aberta a qualquer possibilidade de negócio, o que foi uma visão estratégica e ‘futurista’ da época”, afirma.
Desde 2019, explica Giorgia, o produto mais exportado é o suco de uva, que ganhou um crescimento ao entrar no mercado chinês durante a pandemia, momento em que houve muita demanda por bebidas mais saudáveis.
“Então o suco mostrou grande potencial. Investimos nele por meio de troca de embalagens e de rótulos, dando uma cara mais internacional, além da preocupação constante com a qualidade do produto”, explica a supervisora da Aurora.
A adaptação das garrafas e rótulos das bebidas é um desafio de praxe encarado pela marca na tentativa de colocar o nome Aurora em outros mercados, assume Giorgia.
No caso dos rótulos, por exemplo, é fundamental se adaptar em relação às legislações de cada país, especialmente por ser um alimento e/ou bebida alcoólica.
Sobre a mudança de garrafa, ela cita a China como um mercado em que o produto precisou de alterações para melhor aprovação do público consumidor.
“O mercado brasileiro ainda tem o suco como algo familiar, a exemplo da grande venda de embalagens 1,5l. Na exportação, esse suco é comprado por segmentos diferentes, então posso citar a China novamente, que compra suco de uva em embalagens de vinho, algumas delas com rolha natural. Não se trata de um vinho desalcoolizado, mas a garrafa diferente chama atenção.”
O sucesso da Aurora no exterior demanda o aumento de um direcionamento estratégico para que ele se mantenha ou até mesmo cresça.
De acordo com Giorgia, desde o ano passado a exportação está no planejamento que foi desenhado em conjunto pela direção, presidência e funcionários de nível gerencial. Ou seja, a parte decisora da empresa, em conjunto, entendeu o potencial de exportar.
Sobre a abertura de mercados para os brasileiros, ela acredita que há muito espaço a ser conquistado pelas vinícolas brasileiras no mercado. Segundo a representante do setroe de exportação, essa expansão é interessante para todos, pois apenas coletivamente se formará uma categoria forte.
“Um vinho brasileiro em uma gôndola no exterior não chama atenção como chamaria a atenção se fossem 10 vinhos diferentes. Passa uma credibilidade ao país. Ao mesmo tempo, entendemos que nossos produtos são competitivos a nível de preço, bem como entregam uma qualidade notável. Nossa capacidade de adaptação e o bom relacionamento com os clientes também mantém os negócios andando”, elenca Giorgia.
A escolha dos novos mercados a serem explorados pela marca com o portfólio de vinhos, espumantes e sucos da Aurora é feita com base em estudos e na observação precisa dos hábitos dos consumidores.
A participação em feiras e eventos, e o trabalho alinhado com representantes em mercados alvo, fazem parte do planejamento de estabelecer a Aurora como uma marca internacional.
“Esperamos entrar no mercado do Canadá com nossos sucos e espumantes, e nos mercados do mundo árabe, como Dubai, também com o suco de uva e bebidas desalcoolizadas”, explica Giorgia.
Próxima de completar um século de história, a Cooperativa Vinícola Aurora reúne atualmente cerca de 1,1 mil famílias cooperadas, que cultivam uvas em pequenas propriedades.
São 3 mil hectares distribuídos em 11 municípios da Serra Gaúcha: Bento Gonçalves, Veranópolis, São Valentim do Sul, Guaporé, Cotiporã, Monte Belo do Sul, Santa Tereza, Pinto Bandeira, Vila Flores, Farroupilha e Garibaldi, que demonstram a força da agricultura familiar na região.
Na safra 2025, a Aurora recebeu 71,6 milhões de quilos de uva, o que historicamente representa entre 10% e 15% de toda a produção do Rio Grande do Sul. Líder nacional na venda de suco de uva integral, vinho fino brasileiro e cooler, a cooperativa pauta sua atuação pelos valores de Ética, Qualidade, Confiança, Cooperação, Sustentabilidade e Simplicidade.
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